terça-feira, 1 de março de 2011

QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A MÃO DIREITA


Todos somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança, devemos saber fazer o bem sem ostentação e isso tem um grande mérito.
Todo aquele que faz o bem deverá saber colocar-se acima da humanidade para renunciar à satisfação dos testemunhos dos homens e esperar a aprovação de Deus.
Aqueles que só fazem um benefício com a esperança que o beneficiado lhe fique eternamente grato e espalhe a toda a população que aquela pessoa lhe deu uma grande ajuda monetária ou não o que os torna vaidosos e orgulhosos, pois caso contrário não ajudariam. Para estes é mais importante a aprovação dos homens do que a de Deus.
Um dia Jesus disse: "os que fazem o bem com ostentação já receberam a sua recompensa” pois todo aquele que busca a sua glorificação na terra pelo bem que faz, já se pagou a si mesmo. Deus não lhe deve mais nada e só lhe resta receber a punição do seu orgulho.
Quando se ajuda alguém que necessita sem ostentação deveremos ter algum cuidado, porque para além da caridade material existe a caridade moral e deveremos ter em atenção não ferir a susceptibilidade daquele que ajudamos. Devemos saber fazer com que aceite toda a ajuda sem ferir o amor-próprio salvaguardando a dignidade humana. Pois há quem aceite um serviço mas recuse uma esmola.
Converter um serviço em esmola pela maneira como é prestado é humilhar aquele que recebe e há sempre orgulho e maldade em humilhar alguém.
Todo o choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade.
A verdadeira caridade é delicada e habilidosa pois sabe encontrar as palavras certas para colocarem o beneficiado à vontade e saber o benfeitor inverter os papéis encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta ajuda.
Isto é o significado destas palavras:


“Que a mão esquerda não saiba o que faz a mão direita”

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